terça-feira, 1 de maio de 2012

Mais uma madrugada ...


Acordei…


Eram 3horas da manha se bem me recordo…
Ponho os meus pés no chão gelado do meu quarto e me direcciono a casa de banho no fundo do corredor.
A minha pulsação estava lenta, ainda mal tirava uma palavra da boca por causa do cansaço que ainda sentia.
Pus-me em frente ao espelho e naquele instante comecei a recordar-me do sonho que havia tido e veio me uma imagem a cabeça. Eras tu mais uma vez!
Até quando tencionas perturbar-me? Até quando pretendes aparecer em tudo quanto é canto que eu me encontro, diz-me!

Suspirei fundo e girei a torneira do chuveiro, não apetecia-me ficar em casa naquele instante embora era madrugada. Tirei a roupa toda, soltei o meu cabelo, abri a janela e nesse instante, sinto o teu cheiro, e transbordar sobre toda a minha casa. A pulsação aumenta, e comecei a respirar bem fundo, e por fim ganhei coragem e gritei:
- Quem esta ai?
Não consegui ouvir mais nada além do eco da minha voz e a minha respiração. Fechei os meus olhos lentamente, e tentei concentrar-me de que ainda estava mais uma vez a sentir os meus sonhos a virarem a minha realidade ao avesso.
Pus-me dentro do chuveiro deixando a água correr pelo corpo todo, fazendo assim com que eu despertasse.  Olhei para cortina entre húmida, fechei os olhos, e pus-me novamente debaixo do chuveiro. «Sinto saudades tuas, sinto-te a cada instante, sinto os teus lábios, sinto ainda o teu corpo junto ao meu, em todas as noites, em todas a vezes que fecho os olhos, a tua mão sobre o meu peito, a tua boca deslizando o meu pescoço, e os teus olhos nos meus»

Ouvi isto levemente da minha consciência, e ri-me, pois sabia que ela e o coração ultimamente haviam- se unido para poderem prender me no mundo da saudade e a solidão que haviam-se casado em minha vida. Não estava nada disposta em mante-los comigo, nenhum dos 4, pois os rostos não me iam lá muito bem.
Pus-me fora do chuveiro, vesti a primeira peca de roupa que apanhei pela frente e pus-me a andar dali.
Estava a soprar, e o sol não tardava pra nascer. Percorria pela rua abaixo com um ritmo calmo a procura de um solto conforto para a minha mente que se sentia perdida, coisa que eu já não sentia já há um tempo. Encostei-me a um banco lá perto da marginal da cidade, estava em direcção ao mar, por fim la estava o solto conforto para mim por inteiro! «o sol»
Estava sozinho como eu, admirei-o bastante pois apesar de sozinho estar todos os dias, sempre punha-se de pé, e pensei que também seria capaz de faze-lo, e não me deixar cair por razão alguma, a não ser o «dormir» de todas as noites (sorri). Senti a minha pele quente, estava a sentir a companhia dele naquele momento, então assim será…