sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mulher Pt. 2 - " Complementares "‏


















O stress consumia-me por inteira. Não conseguia parar de olhar p'ro relógio, todos naquela esquina estavam assim. Concentrei-me em algo. - Os movimentos do rapaz do segundo andar. Só p'ra esclarecer, ele não é alguém novo. Foi ele quem confessou-se e entregou-se a mim na noite passada, só que depois da minha forte proximidade a umas amigas minhas ele resolveu
afastar-se!
Ele estava tão lindo, viciante com a sua mania sedutora de molhar sempre os seus lábios rosados. Olhei-lhe mais uma vez fixamente para que ele notasse que estava a fazê-lo e quando direcionei-me num ritmo lento ao prédio, com um andar lento! - Seguiu- me. Sentia a sua presença cada vez mais perto em cada batimento do meu coração. Parou-me por frente da porta do meu apartamento encostando me contra a parede prendendo as minhas mãos com uma sua, e a outra a subir levemente pela minha coxa acima.
A excitação era uma espécie de tique automático, que tinhamos quando nossos corpos aproximavam-se! A sua língua percorria todo o meu pescoço, enquanto subia a mão ate aos meus seios fazendo que eu o apertasse mais a mim. Estava decidido, queria que ele me devorasse e abri a porta do apartamento, deixei o entrar, fechei a porta e logo atirei-me ao sofá em seguida, abrindo o zip da mini saia de jeans que vestia! - Ele veio! Não foi nada calmo não, não senti nem um bocado de presença da piedade, quando apertava o meu seio esquerdo, e beijava a minha barriga.
Sentiu-se quente, e prendeu as minhas pernas nos seus ombros, penetrando devagar em mim. Ele queria me mais que tudo, queria me inteira, os nossos gemidos diziam tudo. Era lento, mas forte, tão forte que libertei as minhas lágrimas de tão completa me sentia. O prazer de tal lembrou me o quanto quis a Olívia, o quanto a fiz chorar de prazer, e pedir por mais em cada toque meu. Era incomparável como ambos complementam-me, a sedução, as posições, as vozes, mãos, tudo diferente, mas que encaixava em mim. Ele ia mais fundo,cada vez mais, e ambos em plena conecção sentimos o ponto mais esperado alcançado.
Respirei fundo, sorri, passei a minha mão na mesa de lado do sofá, retirei um cigarro, acendi-o e senti-os os 3, ela, ele, e o meu velho amigo fumo, pelo meu corpo...

terça-feira, 10 de julho de 2012

"Death"

A minha vida sempre foi medíocre .. Nasci com os pais separados, fui fruto de um desgosto amoroso e muito ódio. Mesmo na gestação da gravidez da minha mãe já ouvia gritos, sentia as lágrimas da minha mãe a queimarem lhe o rosto e tanta dor que no exato momento eu era a única razão que a punha de pé.
Nasci!
Criança feita de ilusões, sem amor de pai por perto, e obrigada a acreditar que um dia ele haveria de voltar. O luxo cegava-me completamente e não fazia ideia que por de traz de tanta mordomia existia desprezo de ambas partes que o traziam ate a mim! Menti-me, iludi-me, como mentiram-me e iludiram-me sem piedade. Com o meu crescimento a verdade punha-se ao meu lado, tentado despertar-me da tal ilusão, a esperança, e o sorriso ainda estava aceso, o seu fogo ainda radiava e queimava como se tivessem acabado de o acender. Conheci, uma, duas, três, quatro, mulheres diferentes que diziam-se ser mulheres do tal homem a quem eu chamava de pai, tive irmãos, e em nenhum deles quis ocupar o seu lugar na casa. Os meus problemas pessoais e físicos aborreciam-me, deixavam me triste por saber que a solução estava bem distante. O ódio entre os meus pais mantinha todos os meus problemas em pé, nenhum deles ajudava em nada. A minha mãe com a sua sinceridade fria e bruta criada pelo ódio, e o meu pai com as mentiras e os caprichos da sua cabeça. Menti, iludi, as pessoas, criei um mundo só meu, isolei-me de todos, descobri e despertei talentos, perdi a minha infância a pensar e pensar. Em como ia refugiar me dos ambos mundos que eram falsos, o que estava eu em carne, osso, lágrimas, e o que estava eu, em alma, sonhos, e um sorriso!
Cresci..
Mas a maturidade era pequena p'ra certos problemas, o meu cérebro tinha em foco a minha liberdade. Quis viver um bocado do mundo real e conheci o amor, entreguei-me completamente. Errei completamente e o perdi. Com as verdades frias da minha mãe e a depressão que passava pela grande perca, conheci o ódio. Agora vejamos, sou uma rapariga triste, falsa, mentirosa, imperfeita, e porem frágil. Como alguém poderia aguentar se a mim? Como o amor poderia suportar-me?
O meu sorriso? Sim! E' verdadeiro. Porem nunca o mostrei! Eu só quis libertar-me, p'ra tal tinha que nascer de novo, p'ra tal tinha que ser um outro alguém, p'ra tal tinha que mudar de nome. Como não posso, apenas deixem me MORRER!


- Não se trata de uma narrativa, nem de um texto, quis publica-lo apenas!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Mulher

A minha mãe nunca foi de deixar-me brincar e ter amigos.. Sempre quis que eu tivesse o instinto e aparência de uma "mulher" conservada, e eu nunca fugi disso , consoante a sua educação para com a minha pessoa.. O meu instinto femenino sempre existiu, tive namorados, amantes, amigos de noitadas, de copos, que conseguiram satisfazer-me por inteira... 




Mas apesar disso nunca deixei de apreciar e cobiçar o corpo de uma mulher toda boa, composto de curvas, moldadas de perfeição, seios redondos e arrebitados com um toque de vento ou qualquer contacto neles, o rabo.. Imagino as minhas mãos expostas nele, apertando-o como deve ser.
Confesso que já tive amizades tão profundas, que já acabaram em beijos e amassos.. Que já passei noites e noites, imaginando o corpo de uma delas a ser possuído por mim. O quão queria poder suga-lo todinho da cabeça aos pés. Poder levantar aquelas pernas todas grossas e escorregadias de transpiração na qual eu causei sem que precisasse ser um homem p'ra tal, os seus seios, cobrir-los em toda sua forma redonda sem que deixasse passar uma parte fora com a minha boca.. Penetrar na sua vagina com os meus dedos em movimentos excitantes, fazê-la gemer, e subir contra a cama chamando pelo meu nome com a sua mão colada no meu rabo, poder acertar em todos os seus pontos fracos, sendo nos duas mulheres e termos a certeza de quão loucas vamos deixar ambas se tocarmos em tal detalhes únicos.. Loucura né ?
Eu sei, que é um espanto para qualquer um de vocês compreender que isto tudo sai da cabeça de uma mulher... E também sei que não sou a única com desejos profundos assim por outras mulheres, só difícil é reconhecer e desvendar esse lado secreto. Compreende-se!
Eu? Reconheci, e reconheço.. Bom, uma ultima confissão?

- Não resisto a um beijo de uma mulher toda boa, e a carne femenina também é fraca!!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Corpos e Sentimentos

Hoje a noite foi diferente.. Mas antes de contar o que aconteceu, deixa me certificar me de algo...
Acho que não havia vos dito, mas depois de tantas bofetadas da saudade decidi procurar um novo companheiro que me sirva de consolo. Consolo esse que não só serve aos meus sentimentos, emoções, como também as minhas vontades e prazeres !
A sua presenca liberta o meu instinto sexual loucamente, o seu beijo derrete-me toda em seus braços, e não existe olhar faminto como o dele.
Bem, deixem-me continuar.. A noite foi diferente sim, porque resolvi invadir as suas emoções também. Marquei a hora, veio ter cá à casa como sempre, e logo que ele abriu a porta estava lá eu, exposta a ele como uma obra de nudismo. O meu corpo suava pelo meu nervosismo, e o meu coração ancioso para poder tocar o dele. Ele estava assustado, eu sabia que ele desconfiava de algo mais que sexo naquela noite. Cheguei mais perto, raspei os meus seios no seu peito, e naquele instante senti o seu coração entre aberto mais que o meu. As suas mãos desciam pelas minhas costas enquanto eu dizia lhe no ouvido o quanto queria que ele se entregasse a mim e que estava disposta a fazer o mesmo. Não tinha nada haver com uma noite erótica, era amor mesmo que escorria pelos nossos olhos e corpos.
Tirou a camisete cinza que eu gostava de ver no chão, e pôs se tirar as calças jeans. 



Andei lentamente em direcção a janela, o ar estava frio, e ele veio atrás de mim. O toque do seu corpo com o meu, estando eu de costas, fez me estar fraca, estando ele no controle. Ele fez me perder a minha virginidade verbal, não havia mais substantivo que podesse dar o que sentia com ele por perto.
Suas mãos em meu peito, apertava consoante a minha respiração acelerava, beijava lentamente o meu pescoço e nesse mesmo momento virei me e pus me a olhar para ele por minutos, queria ter calma e prestar atenção em cada momento e como agiamos um com o outro. Fiquei surpresa por ver os seus olhos encarnados e húmidos, que fez com que eu ficasse com uma cara pasma e pálida..
Tapou-me a boca antes que eu perguntasse o que se passava, e disse bem devagar e com firmeza nas palavras - «eu sou teu homem, mulher» ...

sábado, 9 de junho de 2012

Mais uma madrugada Pt. 2

Eram 5 e pouco da manha...
Estava sentada na varanda do meu apartamento a espera que o meu querido consolo saísse por inteiro. « sim estou a falar do sol » .
 

  


Hoje senti as coisas bem diferentes, a sua presença já não era a mesma. Sentia que ele não estava ali só p'ra mim... Tinha acordado na mesma hora de sempre, quis por-me fora dali e ir atrás do seu queimar, mas preferi ficar, esperar que o seu calor viesse até mim por uma só vez.
Aborreci-me pela sua mudança e ignorância e decidi ignorá-lo também. As vezes penso que sou completamente louca por esperar a companhia de algo que não pode simplesmente compreender os meus problemas.
A brisa pelas ruas ainda era fria, através dela lembrei-me de muita gente que fez parte desta vida imunda que tenho, pessoas que não tinham nenhuma comparação com a brisa nas manhas. FRIAS com um sólido qualquer perdido na Antártida.
Pessoas que simplesmente não compreendiam a minha expressão, a minha falácia. Ou melhor dizendo, não só frias como também muito « egoístas » . E com isso fez me saber lidar com eles, da mesma forma, com as mesmas armas, as mesmas expressões, os mesmos pontos, tudo, e resultou!
Tenho tanta pena de quem chora como chorei eu por pessoas assim, ou em uma situação qualquer semelhante, sempre quis poder dizer a elas o quanto isso é absurdo, o quanto um sorriso é mais importante do que a permissão de alguém pra tal , o quanto a vida é curta, mas os dias e momentos são longos, o quanto um abraço de quem nos compreende vale mais do que um beijo de um companheiro de cama ou consolo de momento, não digo que sou assim, não, erro como qualquer, mas cabe a nós valorizar o seu «interior« antes de um »exterior» temporário.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Mais uma madrugada ...


Acordei…


Eram 3horas da manha se bem me recordo…
Ponho os meus pés no chão gelado do meu quarto e me direcciono a casa de banho no fundo do corredor.
A minha pulsação estava lenta, ainda mal tirava uma palavra da boca por causa do cansaço que ainda sentia.
Pus-me em frente ao espelho e naquele instante comecei a recordar-me do sonho que havia tido e veio me uma imagem a cabeça. Eras tu mais uma vez!
Até quando tencionas perturbar-me? Até quando pretendes aparecer em tudo quanto é canto que eu me encontro, diz-me!

Suspirei fundo e girei a torneira do chuveiro, não apetecia-me ficar em casa naquele instante embora era madrugada. Tirei a roupa toda, soltei o meu cabelo, abri a janela e nesse instante, sinto o teu cheiro, e transbordar sobre toda a minha casa. A pulsação aumenta, e comecei a respirar bem fundo, e por fim ganhei coragem e gritei:
- Quem esta ai?
Não consegui ouvir mais nada além do eco da minha voz e a minha respiração. Fechei os meus olhos lentamente, e tentei concentrar-me de que ainda estava mais uma vez a sentir os meus sonhos a virarem a minha realidade ao avesso.
Pus-me dentro do chuveiro deixando a água correr pelo corpo todo, fazendo assim com que eu despertasse.  Olhei para cortina entre húmida, fechei os olhos, e pus-me novamente debaixo do chuveiro. «Sinto saudades tuas, sinto-te a cada instante, sinto os teus lábios, sinto ainda o teu corpo junto ao meu, em todas as noites, em todas a vezes que fecho os olhos, a tua mão sobre o meu peito, a tua boca deslizando o meu pescoço, e os teus olhos nos meus»

Ouvi isto levemente da minha consciência, e ri-me, pois sabia que ela e o coração ultimamente haviam- se unido para poderem prender me no mundo da saudade e a solidão que haviam-se casado em minha vida. Não estava nada disposta em mante-los comigo, nenhum dos 4, pois os rostos não me iam lá muito bem.
Pus-me fora do chuveiro, vesti a primeira peca de roupa que apanhei pela frente e pus-me a andar dali.
Estava a soprar, e o sol não tardava pra nascer. Percorria pela rua abaixo com um ritmo calmo a procura de um solto conforto para a minha mente que se sentia perdida, coisa que eu já não sentia já há um tempo. Encostei-me a um banco lá perto da marginal da cidade, estava em direcção ao mar, por fim la estava o solto conforto para mim por inteiro! «o sol»
Estava sozinho como eu, admirei-o bastante pois apesar de sozinho estar todos os dias, sempre punha-se de pé, e pensei que também seria capaz de faze-lo, e não me deixar cair por razão alguma, a não ser o «dormir» de todas as noites (sorri). Senti a minha pele quente, estava a sentir a companhia dele naquele momento, então assim será…




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Primeiro post !

 

Felicidade…



Sou feliz o bastante, para não me embrulhar numa cama e ficar dias e dias chorando por um dia que não vai voltar, e ir atrás de outro ainda melhor.

Sou feliz o suficiente, para poder fazer das más lembranças que tenho da vida, em memorias inesquecíveis, vida essa que em cada lembrança triste na qual me refiro ri o bastante, cai, corri, chorei de emoção, abracei quem me fez bem e senti o conforto de estar segura, e não quis apagar nunca aquele momento.

Sou feliz o suficiente, para pegar no mesmo cigarro que em todas as tardes o acendia para tentar ver onde estava errada, o mesmo que me fazia apagar me deste mundo imundo que me encontro, e o acender e olhar para janela, abrir, e gritar, sim SOU FELIZ !!

Sou feliz o suficiente, pois sou alguém sem medo dos medos comuns, sou alguém que corre pela chuva olhando pro ceu e diz intensamente em pensamento (obrigada por pensares em mim mais uma vez pai) e olho pro redor e vejo uma dúzia de pessoas admiradas pela loucura sabia que transmitia.

Sou feliz o suficiente, pois tenho sempre uma música em minha memoria que descreve me, que completa-me, que emociona-me para poder andar pela cidade ouvindo-a e rindo de caras admiradas com o sorriso exposto na minha estúpida cara. SIM. Estúpida com carácter, que encara os dias com muito muito esforço que cada um de nos e mesmo assim dizer, sabes duma? Sou feliz.

Sou feliz porque tenho vida, amor, amizade, falsidade, compaixão, paixão, ar, calor, sexo, pavor, medo, sofrimento.