terça-feira, 10 de julho de 2012

"Death"

A minha vida sempre foi medíocre .. Nasci com os pais separados, fui fruto de um desgosto amoroso e muito ódio. Mesmo na gestação da gravidez da minha mãe já ouvia gritos, sentia as lágrimas da minha mãe a queimarem lhe o rosto e tanta dor que no exato momento eu era a única razão que a punha de pé.
Nasci!
Criança feita de ilusões, sem amor de pai por perto, e obrigada a acreditar que um dia ele haveria de voltar. O luxo cegava-me completamente e não fazia ideia que por de traz de tanta mordomia existia desprezo de ambas partes que o traziam ate a mim! Menti-me, iludi-me, como mentiram-me e iludiram-me sem piedade. Com o meu crescimento a verdade punha-se ao meu lado, tentado despertar-me da tal ilusão, a esperança, e o sorriso ainda estava aceso, o seu fogo ainda radiava e queimava como se tivessem acabado de o acender. Conheci, uma, duas, três, quatro, mulheres diferentes que diziam-se ser mulheres do tal homem a quem eu chamava de pai, tive irmãos, e em nenhum deles quis ocupar o seu lugar na casa. Os meus problemas pessoais e físicos aborreciam-me, deixavam me triste por saber que a solução estava bem distante. O ódio entre os meus pais mantinha todos os meus problemas em pé, nenhum deles ajudava em nada. A minha mãe com a sua sinceridade fria e bruta criada pelo ódio, e o meu pai com as mentiras e os caprichos da sua cabeça. Menti, iludi, as pessoas, criei um mundo só meu, isolei-me de todos, descobri e despertei talentos, perdi a minha infância a pensar e pensar. Em como ia refugiar me dos ambos mundos que eram falsos, o que estava eu em carne, osso, lágrimas, e o que estava eu, em alma, sonhos, e um sorriso!
Cresci..
Mas a maturidade era pequena p'ra certos problemas, o meu cérebro tinha em foco a minha liberdade. Quis viver um bocado do mundo real e conheci o amor, entreguei-me completamente. Errei completamente e o perdi. Com as verdades frias da minha mãe e a depressão que passava pela grande perca, conheci o ódio. Agora vejamos, sou uma rapariga triste, falsa, mentirosa, imperfeita, e porem frágil. Como alguém poderia aguentar se a mim? Como o amor poderia suportar-me?
O meu sorriso? Sim! E' verdadeiro. Porem nunca o mostrei! Eu só quis libertar-me, p'ra tal tinha que nascer de novo, p'ra tal tinha que ser um outro alguém, p'ra tal tinha que mudar de nome. Como não posso, apenas deixem me MORRER!


- Não se trata de uma narrativa, nem de um texto, quis publica-lo apenas!